Toda viagem começa pelo planejamento financeiro. Além de se preocupar com a mala, destino, companhias aéreas e hotéis, o viajante deve estar por dentro de questões que afetam diretamente seu bolso. Com a alta do dólar, IOF, taxas administrativas, muitos se perguntam: qual a melhor forma de levar dinheiro em viagens?
– O mais em conta hoje é levar dinheiro em espécie (dólar ou moeda do país de destino), mas também implica em maior risco. O IOF é de apenas 0,38%. VTM e Cartão de crédito pagam 6,38%. É mais econômico. Mas é o perigo de carregar muito dinheiro – explica o Presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens do Rio Grande do Sul, Danilo Kehl Martins.
O especialista ainda lembra que a cotação das moedas estrangeiras varia entre as casas de câmbio e bancos. Por isso, o ideal é pesquisar em vários estabelecimentos antes de comprar. O viajante deve perguntar sempre pelo valor da taxa de administração cobrada por alguns estabelecimentos e que alteram o valor final da moeda.

Para o professor de Economia da PUCRS, Alfredo Meneghetti a alta do dólar tem impacto direto na carteira do viajante.
– Com a situação cambial atual, a carteira do viajante deve consistir em 90% de dinheiro em espécie e 10% cartão magnético (Pré-pago ou crédito internacional para emergências).
– O que aconselhamos é pagar o máximo da viagem aqui pelo Brasil, antes de viajar. O que for possível deve ser definido e pago antes. Outro ponto importante é ver quanto tempo vai ficar viajando para calcular a quantidade de dinheiro – afirma Danilo Kehl
Veja quais são as vantagens e desvantagens de cada modalidade
Dinheiro em espécie
VANTAGENS: Tem o Imposto sobre Operação Financeira (IOF) mais barato, de apenas 0,38%, saindo mais em conta para o comprador.
DESVANTAGENS: O risco é maior do que em outras modalidades. Em caso de roubo ou perda, não há como recuperar o montante. Além disso, dinheiro vivo não possibilita compras pela internet.
INDICAÇÃO: Para viajantes que querem economizar ou que vão fazer viagens curtas.
Cartão pré-pago

DESVANTAGENS: O IOF é de 6,38%, sendo mais caro do que a compra de dinheiro vivo. Algumas corretoras, porém, dão desconto na taxa de câmbio para quem adquire o produto, reduzindo a diferença em relação ao papel-moeda. Caso o viajante queira efetuar saques no Exterior, terá de pagar uma taxa, que fica em torno de US$ 2,50 por saque, independentemente do valor retirado.
INDICAÇÃO: Para o viajante que prioriza segurança ou para quem vai fazer viagens longas ou intercâmbios.
Cartão de crédito internacional
VANTAGENS: Essa é uma das modalidades mais usadas no pré-viagem, pois possibilita ao viajante fazer reservas de hotéis, passagens e aluguel de carros, além de compras pela internet. A taxa de câmbio oferecida pelo banco pode variar, podendo ser mais vantajosa do que a dos cartões pré-pagos.
DESVANTAGENS: O IOF é de 6,38%, a mesma taxa dos cartões pré-pagos. O maior problema do cartão de crédito é tornar o valor final uma incógnita. Como o nosso câmbio é flutuante, nunca sabemos o quanto vamos gastar. A alta da moeda estrangeira pode fazer com que o viajante gaste mais do que planejou inicialmente.
INDICAÇÃO: Para emergências, imprevistos e para fazer algumas reservas, dependendo do câmbio.
Saques no exterior

VANTAGENS: É menos arriscado do que o cartão de crédito, pois o viajante sabe que pagará o câmbio do dia da transação. Ao sacar nos caixas eletrônicos, você consegue o valor em moeda local, uma opção vantajosa em países que não usam dólar ou euro e cujas moedas sejam difíceis de encontrar no Brasil. Os saques não são feitos pela rede do seu banco, mas pela operadora de crédito. Os cartões Visa usam a rede Plus, e os Mastercard, a rede Cirrus.
DESVANTAGENS: O IOF é de 6,38%. Os caixas cobram uma taxa que varia de US$ 4 a US$ 6 dólares, independentemente do valor sacado.
INDICAÇÃO: Economizar tempo na viagem, já que você não precisará pesquisar casas de câmbio nem enfrentar filas para fazer a compra.
Fonte: ZH Viagem
Escrito por Felipe Martini
Ótimas dicas, informações atuais, objetivas e precisas.
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